Em 2012 o procedimento para solicitar o visto teve uma pequena alteração. Agora os solicitantes pagam uma única taxa de US$160 e têm que comparecer, antes da entrevista, ao CASV, que é onde seu passaporte vai ser checado e coletadas suas digitais e fotos. Há CASV nas cidades de Brasília, Rio, São Paulo, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. Já os consulados estão nas cidades de Brasília, Recife, Rio e São Paulo.
Muita gente, principalmente
quem mora em cidades onde não há consulados, reclamou que teria que gastar duas
viagens, porém, é possível agendar para dias consecutivos a ida ao CASV e ao
Consulado.
Eu moro em Fortaleza e o
consulado mais próximo fica em Recife, mas optei por solicitar meu visto no Rio
de Janeiro. Os consulados não são divididos por região, e você pode solicitar o
visto onde melhor lhe convir.
Os passos para solicitação
do visto americano são os seguintes:
1) Preencher o
formulário DS-16O;
2) Pagar a taxa MRV no
valor de US$160;
3) Agendar a entrevista no
Consulado e em seguida agendar a ida ao CASV (nessa ordem, porém, lembre-se de
que a ida ao CASV deve anteceder a ida ao Consulado)
4) Comparecer no dia e hora
marcada ao CASV para a coleta de dados biométricos.
5) Comparecer no dia e hora
marcada ao Consulado para a entrevista.
O preenchimento do DS é
simples, mas você deve ter atenção para o que responde e deve também ter em
mente que qualquer informação inserida que não bata com as respostas dadas na
hora da entrevista pode ser motivo para visto negado. Basta responder tudo honestamente
que possivelmente seu visto será aprovado. Para quem é estudante e não
trabalha, é bom levar uma carta custeio de quem vai pagar a sua viagem aos EUA,
mas adianto logo que é só por precaução. Dificilmente eles pedem essa carta.
Comigo não foi diferente. Mas é bom se prevenir e levar todo o tipo de
documento que comprove que você tem fortes vínculos com o Brasil. Uma
declaração da faculdade deve bastar, mas além da declaração eu levei também o
histórico e declarações de cursos extracurriculares, boletos do plano de saúde,
comprovante de residência, fatura dos cartões de créditos internacionais,
últimos três extratos de conta corrente/poupança, comprovante do imposto de
renda dos pais (é desnecessário, mas achei melhor levar), enfim... levei uma pasta
exageradamente pesada que continha todos os documentos que comprovariam meus
vínculos com o Brasil. Basicamente eles querem ter certeza de que você não está
indo para os EUA com o intuito de ficar por lá.
No dia do comparecimento ao CASV, no Humaitá, saí de casa super cedo e cheguei com 40 minutos de antecedência, tendo sido recebido muito bem por todos os funcionários. Foi tudo super rápido. Só tive que mostrar o meu passaporte e a página de confirmação de agendamento. Não peguei fila nenhuma e segui para uma espécie de "guichê" onde um funcionário brasileiro tirou minhas fotos e colheu minhas digitais. Pronto. Antes de onze horas (horário para o qual eu tinha agendado) eu já estava livre para aproveitar o dia de sol em Ipanema.
No dia seguinte era o dia
da entrevista. Até então eu não estava nervoso, mas ao chegar no consulado e
ver aquela fila, dá uma certa tensão. Também cheguei antes da hora prevista,
agendada para às 10h30. Conheci algumas pessoas na fila. Uma estava tentando
tirar o visto pela segunda vez. Ela havia tentado há três anos no consulado de
São Paulo e não tinha conseguido.
Vale ressaltar que no
Consulado não é permitido entrar com celular ou objetos eletrônicos. Eu não
levei o meu, mas lá na frente ficam pessoas com camisas: GUARDO O SEU CELULAR.
É um serviço não oficial mas que me pareceu ser bem honesto. Colocam o celular
em um saquinho, lacram, anotam seu nome, e te dão um comprovante para resgatar
o celular na saída do consulado. Acho que eu arriscaria, mas não foi o caso. Depois
de um tempinho na fila conversando, entramos no consulado. Passamos por um
detector de metal, pessoas com bolsa ou com mochila devem abri-las e mostrar
para um guarda, mas nada indiscreto. Seguimos para um corredor onde deveríamos
entregar o passaporte. Nesse primeiro balcão, o assistente apenas recolhe o
passaporte e pergunta se você está sozinho ou acompanhado para saber se sua
entrevista vai ser individual ou não. Depois seguimos para outra fila, mas
dessa vez sentados, pulando de cadeira em cadeira. Primeiramente eles entregam
o passaporte com a DS dentro e "lacrado" com uma liga. Não o abra.
Depois, já com o passaporte em mãos, fomos encaminhado para outra fila, desta
vez, de pé, que já era a fila para a entrevista.
Uma coisa que achei super
indiscreta foi o fato de você poder ouvir a entrevista das pessoas que estão no
guichê a sua frente. Eu ouvi uma três entrevistas. E duas delas tiveram o visto
negado por um mesmo entrevistador. E na hora da minha entrevista eu fui
encaminhado para esse mesmo entrevistador que tinha negado os dois vistos
anteriores. Era chegada enfim minha vez com o tão temido entrevistador...
Mas a entrevista foi
tranquila e descontraída. Após pedir o passaporte, ele perguntou se eu gostaria
de ser entrevistado em inglês ou em português. E aí ao checar o passaporte ele
começa com algumas perguntas de rotina:
- Para onde você vai?
- Você já viajou para o
exterior alguma vez?
- Você vai sozinho?
- Você estuda Direito, né?
Em qual faculdade você estuda?
- Que carreira você vai
querer seguir quando terminar a faculdade?
- Coloque sua mão esquerda
ali por favor.
- Seu visto foi aprovado.
Agora coloquei a mão direita
O que achei legal foi que
ele sempre me chamava pelo nome nas perguntas, o que ajudou a diminuir um pouco
a tensão da entrevista, que me pareceu muito mais uma conversa.
Aprovado o visto, é só
esperar o seu passaporte chegar na sua residência. Com o visto em mãos, agora é
pesquisar passagens aéreas até achar alguma promoção. Daí então é chegada a
hora de reservar um seguro viagem, tema que será abordado no próximo post.
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